Engraçado como a vida nos dá rasteiras.
E, depois de tanto tempo caída, percebo o tempo que perdi correndo atras das pessoas, sofrendo angustias que não faziam sentido algum, perdida num turbilhão de emoções que hoje se tornam vazias, perdidas.
Eu, que sou totalmente visceral, que vive suas emoções tão profundamente, percebi que é necessário um novo rumo, uma outra partida, outros sorrisos, outros desejos.
Eu, que tinha uma necessidade de pessoas, me vejo só e feliz, e percebi que o caminho é necessário ser feito sozinho. Em algumas esquinas, encontraremos abraços dispostos, sorrisos acolhedores, um banco na varanda para descansar, tomar água, recarregar as energias e seguir viagem.
Não dá pra ficar ancorada apenas em um porto. Os sorrisos se perdem, a água seca, o abraço se torna escasso.
E eu, hoje, me vejo cercada de urgências necessárias, de corridas longas, de encontrar novas varandas dispostas a acolher...
Aquelas varandas que eu repousei por tanto tempo, agora estão cheias de outras aventuras, outros sorrisos, e não me cabe mais por lá.
Por isso da agitação, da ansiedade das coisas acontecerem, da necessidade de uma mudança. É tempo de pegar um outro rumo..
E viver minhas urgências da maneira como deve ser vivida.
Me esvaziar dos excessos, e entender que metades não me servem mais. Estou como o poema de Clarice...
"me entender não é uma questão de inteligencia, e sim de sentir... de entrar em contato.
Ou toca, ou não toca"
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